“Daqui a cem anos, não importará o tipo de carro que dirigi, o tipo de casa em que morei, quanto tinha depositado no banco, nem que roupas vesti. Mas o mundo pode ser um pouco melhor porque eu fui importante na vida de uma criança.”
Anônimo

domingo, 17 de julho de 2011

LITERATURA DE CORDEL

Objetivos
- Conhecer literatura de cordel.
- Ler por prazer.

Conteúdo

- Leitura e interpretação de cordel

Anos

4º e 5º.

Tempo estimado

Um mês.

Material necessário

Cópias do cordel O Romance do Pavão Misterioso, de José Camelo de Melo Rezende.

Flexibilização
Para alunos com deficiência auditiva
Ter um intérprete de libras em sala é muito importante para o desenvolvimento do aluno com deficiência auditiva. De qualquer modo, proponha ao aluno que sente nas carteiras da frente e fale pausadamente, articulando bem as palavras, para auxiliar aqueles capazes de fazer a leitura orofacial. Antecipe o cordel que será trabalhado na sequência para o aluno surdo e faça marcações com cores diferentes nas terminações de palavras que rimam e em palavras escritas na variedade popular (como são faladas). Preparar uma espécie de 'glossário com as palavras da língua falada e com a sua grafia na variedade padrão da Língua Portuguesa ajuda o aluno a compreender melhor a proposta do cordel. As ilustrações também contribuem para a aprendizagem desses alunos. Amplie o tempo de realização das etapas da sequência e conte com a ajuda do AEE para que o aluno trabalhe a interpretação do cordel na língua de sinais.

Desenvolvimento


1ª etapa
Prepare-se para uma conversa com a turma sobre a literatura de cordel: sua origem, o porquê do nome, seu desenvolvimento no Brasil, o preconceito que pesou sobre o gênero no passado, sua valorização nos dias de hoje etc. Em seguida, estude o cordel O Romance do Pavão Misterioso, também com a intenção de preparar a leitura em voz alta que você fará para os alunos naa 3ª etapa.

2ª etapa
Compartilhe com os estudantes as informações reunidas sobre a literatura de cordel. Informe-os de que você vai ler com eles um dos maiores clássicos do gênero – nada menos que o folheto mais vendido de todos os tempos. Caso você tenha conseguido um exemplar original, aproveite para mostrá-lo à sala, deixando que as crianças explorem a ilustração da capa. Se não conseguiu, explique que muitas obras de cordel estão disponíveis na internet e que foi de lá que saiu o texto. Em seguida, avise que você lerá em voz alta a primeira parte do cordel, mas que, no decorrer da atividade, todos poderão desempenhar esse papel.

3ª etapa
Leia em voz alta da estrofe 1 à 25. Em seguida, promova uma discussão com perguntas do tipo: na estrofe 5, o autor afirma que João Batista "pensou pela vaidade". O que isso quer dizer? Proponha que as crianças releiam as 25 estrofes e ajude-as a adequar a entonação e o ritmo da fala. Por fim, informe que, antes de cada uma das sessões de leitura que virão a seguir, elas receberão a cópia de mais uma parte do cordel para que possam preparar a leitura em casa.

4ª etapa
Na segunda sessão, trabalhe com as estrofes 26 a 42. Depois que elas forem lidas por você e pelos alunos, conduza a discussão com perguntas que estimulem a interpretação. Por exemplo: o que o autor quis dizer quando se referiu a "capitalista"? Repita o procedimento nas etapas seguintes.

5ª etapa
Sessão 3 (estrofes 43 a 62): o que a palavra "azougada" significa?

6ª etapa
Sessão 4 (estrofes 63 a 82): o que a personagem Creuza quis dizer com "se és vivo ou encantado"?

7ª etapa
Sessão 5 (estrofes 83 a 104): o que o personagem Evangelista quis dizer com "levo essa estrangeira"?

8ª etapa
Sessão 6 (estrofes 105 a 121): o que Creuza quis dizer com "um rapaz para me ver precisa ser encantado"?

9ª etapa
Sessão 7 (estrofes 122 a 141): o que as crianças acharam do fim da história?

Avaliação
Verifique se os alunos conseguiram interpretar adequadamente o cordel e analise o compromisso deles com a preparação da leitura.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/literatura-cordel-629372.shtml

BIBLIOTECA DE SALA - COMO ORGANIZAR O ESPAÇO DE LEITURA

Introdução
Para que uma criança possa constituir-se enquanto leitora, de forma a fazer da leitura uma parte querida e importante de sua vida, é preciso que ela tenha a oportunidade de conviver com livros e leitores, compartilhando práticas de leitura. Algumas das crianças têm essa convivência assegurada na sua vida familiar, mas muitas dependem da escola para ter acesso a ela. Esse projeto institucional de leitura é pensado para garantir as condições para que essa convivência ocorra.

Para isso, ele se divide em duas partes: a primeira trata de como instituir atividades habituais de leitura a fim de que a biblioteca de sala efetivamente se constitua como um espaço de convivência entre leitores:

- Organizando a biblioteca de sala.
- Instituindo o empréstimo de livros para leitura em casa.
- Preparando-se para atuar como modelo de leitor.

E uma segunda parte, com propostas de rodas de comentários e indicação de leituras e de círculos de leitura:
- Conversando sobre livros: as rodas de biblioteca.
- Trabalhando com círculos de leitura.

Organizando a biblioteca de sala

1. Seleção dos livros: Sendo a biblioteca de sala o espaço privilegiado em que as crianças poderão conviver com livros e leitores, a escolha do acervo é um passo importantíssimo. No contexto da escola pública, esse acervo é parte de um conjunto maior: o dos livros da escola ou o dos livros da biblioteca escolar. Por isso, é fundamental que conhecer bem para fazer suas escolhas. Também é importante que a equipe de professores da escola explore coletivamente esse acervo e troque ideias sobre boas escolhas de livros tendo em vista o que conhece sobre as preferências leitoras da faixa etária com a qual trabalha.

Tendo em mente que novos leitores são formados na interação com leitores experientes e materiais de leitura de qualidade, os livros escolhidos para a biblioteca de sala devem ter o potencial de ampliar o universo leitor das crianças, ou seja, devem contemplar diferentes gêneros, conter livros de variada extensão, de autores nacionais e estrangeiros, clássicos e contemporâneos, pensados para o público infantil e pensados para o público em geral e apresentados em variados portadores. Além disso, sempre que possível, é interessante que alguns livros desse acervo sejam escolhidos pelas crianças.

2. Organização do acervo:

Selecionado o acervo, a próxima etapa é apresentar esses livros às crianças para organizá-lo. A organização e o cuidado com o acervo devem ser tarefas compartilhadas com as crianças, estabelecendo coletivamente critérios para a classificação dos livros (por exemplo, etiquetas vermelhas para livros de contos, verdes para livros que falem sobre curiosidades dos animais, separar livros de uma mesma coleção etc.). Também devem ser compartilhados os cuidados e o compromisso com a conservação do acervo. É importante ressaltar que quanto mais as crianças estejam envolvidas com a organização dele e sejam apresentadas as leituras que as encantam, maior é o compromisso que elas passam a ter com a conservação dos livros, já que lhes foi possível atribuir sentido a práticas de leitura e ao uso desse objeto tão especial que é o livro.

3. Escolha do espaço:

O espaço onde ficam os livros deve ser organizado de forma a convidar à leitura: livros acessíveis, visíveis, num espaço da sala onde as crianças possam se sentar para ler, compartilhar a leitura de um livro com um amigo.

4. Renovação do acervo:

É importante que o acervo da biblioteca de sala seja periodicamente renovado a fim de que as crianças possam encontrar novas histórias, novos autores e gêneros. A oportunidade de se defrontar com o novo, de se surpreender, de fazer novas descobertas é algo fundamental para criar o hábito da leitura. Uma boa solução para isso é fazer o rodízio do acervo entre as salas da escola a cada dois ou três meses.

Preparando-se para atuar como um modelo de leitor

Não basta o acesso aos livros. O essencial é conviver com leitores e poder compartilhar de suas práticas. Delia Lerner, nos coloca que “realmente, para comunicar às crianças os comportamentos que são típicos do leitor, é necessário que o professor os encarne em sala de aula, que proporcione a oportunidade a seus alunos de participarem em atos de leitura que ele mesmo está realizando, que trave com eles uma relação de leitor para leitor”.

Assim, por meio da mediação do professor, a criança atribui significado às diferentes práticas de leitura, desenvolve gostos e preferências quanto a autores e gêneros, cria laços afetivos com livros e histórias e vai começando a ver a si mesma como uma leitora.

E o professor é aquele que, ao compartilhar motivos, estratégias e interesses, abre para as crianças as portas do mundo maravilhoso da literatura e da poesia e mostra como ler e escrever são instrumentos importantíssimos para interagir em sociedades como a nossa. Ele faz isso quando compartilha com as crianças, lendo para elas uma notícia que o espantou ou lhe despertou a curiosidade; quando procura junto com as crianças, em livros ou enciclopédias, respostas para temas que interessam sua turma; quando lê um poema que o emocionou; quando apresenta um livro de um autor que considera especial e divide a leitura dele com seus alunos.

Esse papel do professor como um leitor experiente que compartilha sua prática com as crianças é tão mais essencial quanto menores elas sejam, mas nunca deixa de ser importante. Mesmo quando os alunos já sabem ler, o professor é aquele que apresenta novos gêneros, livros mais extensos, novos autores, pois esses momentos de leitura compartilhados com o professor são um dos grandes trunfos que temos à mão para evitar que o fascínio que os pequenos tinham pela leitura e seu desejo de ler não desapareçam ao longo da escolarização, como, infelizmente, muitas vezes vemos acontecer.

Assim, é fundamental que se preparar para exercer esse papel, lendo previamente os livros cuja leitura irá compartilhar com as crianças, pensando em que comentários e relações ele pode compartilhar, planejando como irá apresentar o livro, que boas questões podem animar uma conversa coletiva sobre a leitura (a esse respeito, veja o próximo item).

Instituindo o empréstimo de livros para leitura em casa
A pesquisadora espanhola Tereza Colomer certa vez, em uma de suas palestras em São Paulo, fez a seguinte analogia para tratar da formação do leitor: para ser leitor, é preciso muitas horas de leitura, da mesma forma que para ser um piloto de avião é necessário muitas horas de voo antes de tirar o brevê. Ela explicou que são necessárias variadas experiências de leitura, continuadas ao longo do tempo, para que se desenvolvam preferências para que a leitura se torne crítica e para que ela se transforme numa parte importante da vida de determinada pessoa. Assim, o empréstimo de livros da biblioteca da escola ou de sala é essencial para multiplicar as oportunidades de leitura possíveis para cada uma das crianças, pois, além das situações de leitura propostas na escola, um novo espaço se abre: ler livros de sua própria escolha em casa, compartilhando essa leitura com a família.


FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/biblioteca-como-organizar-espaco-leitura-581620.shtml

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LEITURA NA INFÂNCIA É TUDO

O primeiro livro


Apesar de não haver uma idade determinada para um primeiro contato com os livros, já que cada um se desenvolve a amadurece de uma maneira diferente, até com um bebê é possível começar a investir num futuro leitor! Segundo Cristiane, esta é a fase pré-leitora. "Há vários tipos de livros de pano e de banho que podem integrar o grupo de brinquedos da criança desde que ela consegue pegar objetos. Além de associar o lúdico à leitura, o contato natural com o objeto livro já se constrói de maneira natural", explica ela.



O papel dos pais

É claro que, seja qual for a fase da vida de uma criança, a influência dos pais é definitiva na educação seja ela social ou cultural. "Não se pode dizer, entretanto, que pais não-leitores formarão necessariamente filhos que não se interessem pela leitura", alerta a especialista em literatura infantil e juvenil. Segundo ela, pode haver a sedução pelo mundo da leitura em qualquer idade e a formação escolar também tem um papel importante nesse processo. "Dar um livro de presente não significa incentivar a leitura necessariamente", diz Cristiane.



Como incentivar o gosto pela leitura?

Cristiane Madanêlo explica que associar o momento da leitura a um momento de prazer é uma maneira de formar relação positiva com os livros, que é o embrião de um adulto leitor. "Muitas vezes, percebe-se que crianças imitam as atitudes dos pais, seja no desejo de passar batom ou de fazer a barba. O que rege essas atitudes é o desejo de ser parte do mundo que os pais integram. Se a rotina dos pais incluírem a leitura, parecerá para a criança natural e bom o ato de ler", ensina a especialista. E, atenção! Segundo Cristiane, o que vai terminantemente contra o incentivo à leitura é associar o ato de ler como um castigo ou algo que represente algum tipo de punição.



Quem lê X quem não lê

Segundo Cristiane Madanêlo, todas as formas de arte, incluindo a literatura, favorecem que os seres humanos ganhem experiência e se preparem melhor para enfrentar situações reais e frustrações da vida. "Além das exigências de formação cultural variada que o mercado de trabalho vem impondo, um leitor mais efetivo pode-se preparar melhor para enfrentar as adversidades da vida, não só no campo social, mas também nos níveis emocional e psicológico", explica ela, que conclui: "O livro é mesmo um par de asas para voar para mundos desconhecidos e outras realidades. Machado de Assis, de origem humilde, escreveu com mestria sobre vários lugares da Europa, sem ter estado no Velho Mundo".



Entrevista na íntegra

Qual a importância dos livros na infância?

Na verdade, o que realmente é importante na formação de um indivíduo é a infância e tudo que atua nessa fase do desenvolvimento humano, inclusive a literatura. Desde que ascende socialmente a burguesia como classe social, a construção de valores na infância foi priorizada. Afinal, era muito mais fácil incutir ideologias num ser em formação do que ter de mudar um adulto com opiniões já definidas. Sendo assim, criou-se a chamada literatura infantil que, desde sua gênese, esteve atrelada a fins pedagógicos, isto é, a serviço da divulgação dos ideais burgueses. Esse referencial histórico acaba por ratificar a relevância da literatura no comportamento dos indivíduos, sobretudo no que concerne à literatura infantil.



Qual a idade mínima para uma criança começar a ter contato com os livros?

Não há como afirmar uma idade específica para um primeiro contato com livros na infância, pois o amadurecimento de cada indivíduo segue uma sistemática diferenciada. Ainda assim, durante a fase pré-leitora, já se pode investir num futuro leitor. Há vários tipos de livros de pano e de banho que podem integrar o grupo de brinquedos da criança desde que ela consegue pegar objetos. Além de associar a ludicidade à leitura, o contato natural com o objeto livro já se constrói de maneira natural.



Qual o papel dos pais no gosto da criança pela leitura?

A influência dos adultos na formação de uma criança, em todos os aspectos, é de suma importância. Não se pode dizer, entretanto, que pais não-leitores formarão necessariamente filhos que não se interessem pela leitura. Pode haver a sedução pelo mundo da leitura em qualquer idade e a formação escolar também tem um papel importante nesse processo.



Dar um livro de presente não significa incentivar a leitura necessariamente. Assim como acontece com os brinquedos, a criança, e por que não dizer os adultos, desejam compartilhar. Conhecer os livros que fazem parte da realidade infantil e juvenil, além de favorecer o diálogo entre pais e filhos, mostra que a leitura se faz de um momento solitário e de muitos momentos para compartilhar as experiências vivenciadas naquele livro.



O que não se pode fazer é associar o ato de ler como um castigo ou algo que represente algum tipo de punição. Com certeza, relacionar leitura com obrigatoriedade não é um bom caminho para incentivar a leitura.



Quais atitudes dos pais vão incentivar o gosto dos filhos pela leitura?

A descoberta da magia da leitura se dá numa fase em que a ligação entre pais e filhos ainda é muito grande. Por conta disso, o afetivo está intimamente envolvido com esse processo. Se o momento de leitura na infância se associa a momentos de prazer, forma-se uma relação positiva com os livros, que é o embrião de um adulto leitor. Compartilhar leituras é importante para que ler seja associado a um prazer e não a um dever. Muitas vezes, percebe-se que crianças imitam as atitudes dos pais, seja no desejo de passar batom ou de fazer a barba. O que rege essas atitudes é o desejo de ser partícipe do mundo que os pais integram. Se a rotina dos pais incluírem a leitura, parecerá para a criança natural e bomo ato de ler. O interesse dos pais em conhecer e debater sobre os livros representa interesse por aquele mundo da criança. O fenômeno Harry Porter aproveitou esse viés ao criar uma propaganda que incitava uma certa competição entre pais e filhos para saber quem iria ler primeiro o último lançamento da série, mesmo que ele tivesse mais de 300 páginas.



Na idade adulta, como se reflete a diferença entre uma pessoa que leu na infância e uma outra que não teve esta oportunidade?

Todas as formas de arte, incluindo a literatura, favorecem que os seres humanos experienciem e se preparem melhor para enfrentar situações reais e frustrações, se elas efetivamente ocorrerem. O livro Psicanálise nos contos de fadas, de Bruno Betleheim, versa sobre a importância dos contos de fadas no desenvolvimento da psiquê humana. Por exemplo, a simples existência divisão simbólica da figura materna em duas faces - fada e bruxa - trabalha a relação de culpabilidade que uma criança sente diante de uma atitude de raiva diante da interdição da mãe diante de alguma situação.



Além das exigências de formação cultural variada que o mercado de trabalho vem impondo, um leitor mais efetivo pode-se preparar melhor para enfrentar as adversidades da vida, não só no campo social, mas também nos níveis emocional e psicológico. O livro é mesmo um par de asas para voar para mundos desconhecidos e outras realidades. Machado de Assis, de origem humilde, escreveu com mestria sobre vários lugares da Europa, sem ter estado no Velho Mundo.



Qual o tipo de literatura mais adequada para cada faixa etária, até os 12 anos aproximadamente? Por exemplo, para uma criança de 3 anos, o ideal são livros com muitas figuras, textos curtos etc.

Primeira infância (15/17 meses aos 3 anos)



Nessa fase, a criança descobre seu corpo e começa a manipular objetos. É a curiosidade da curiosa idade! Nessa etapa, o livro só pode representar um brinquedo, mas favorece o surgimento de uma relação positiva com o objeto livro. Algumas histórias bem curtas, já podem ser introduzidas por um adulto leitor, mas sempre com o apelo das cores, dos sons. Com a descoberta do filão do público infantil, as editoras investem bastante na criação de livros cada vez mais interativos.



Segunda infância (3 aos 6 anos)



Para essa faixa etária, a linguagem é a grande conquista e o veículo de interação com o mundo e com os outros. Essa é a famosa fase dos porquês, do germe da formação de um senso crítico. Pode-se utilizar livro com textos, mas o predomínio deve ser das imagens, pois a criança ainda não lê. A relação com a leitura pode ser, inclusive, instigada pelo desejo de ter autonomia para decifrar o mundo das letras sem intermédio de um adulto. Muita colaboração na formação dos conceitos de base psíquica pode ser oferecida por contos de fadas, tradicionais ou modernos. Como a brincadeira com as palavras é um atrativo, há várias poesias que trabalham a sonoridade de fonemas, as rimas, as trocas silábicas, os sentidos modificados por essas trocas. Deve-se, também, inserir pequenas estruturas narrativas, mas nada muito complexo ou demorado.



Terceira infância (a partir dos 6 anos até a adolescência)



Momento mágico da aquisição da leitura, sobretudo porque a maioria das sociedades tem base cultural grafocêntrica, isto é, fundamentada na escrita. O processo de escolarização é recomendado para se iniciar nessa faixa etária e essas conquistas extrapolam o mundo mais restrito à casa e à família da criança para ganhar a coletividade. As histórias de aventuras costumam fazer sucesso nos primeiros anos, principalmente porque levam os heróis a conquistas individuais, sem intermédio de familiares, muitas vezes só com valentia e magia. Novas realidades espaciais também têm feito muito sucesso, bem como outros mundos, como é o caso de Neverland (Peter Pan), Hogwarts (Harry Porter), País das Maravilhas (Alice), dentre muitos outros.

INÍCIO TÍMIDO

Boa Noite Amigos!!!

Pensei em várias maneiras para iniciar meu blog, porém diante da experiência que tenho visto junto a muitos alunos do ensino fundamental, vejo a necessidade de mostrar a importância da leitura.

E assim iniciarei minhas postagens, tímida mas de grande importância para a formação do futuro das sementinhas que estamos plantando, e que serão as flores do amanhã.

Conto com a colaboração de todos para trilhar nessa maravilhosa aventura!!!